Por uma escola mais dinâmica e acolhedora!
Desenvolvi
recentemente (23/jun.) o projeto “Filosofia, música e dança” com os alunos do 3º
ano do ensino médio (turmas A, B, C). Além dos objetivos traçados –
Protagonismo juvenil, exercício da autonomia, respeito às diferenças e o
trabalho em equipe, foi constatado um número bem expressivo de jovens talentos,
camuflados na escola (Moacyr Campos). Habilidade para tocar instrumentos,
cantar, dançar, liderar, criar.
Quantos
vezes mantemos nosso foco mais no controle da disciplina dos corpos e ignoramos
seu potencial para criar e expressar-se criticamente. Vislumbro uma realidade
ainda muito utópica, mas acredito que o trabalho com projeto nos abre novos
horizontes.
Outros
desafios estão lançados: o trabalho interdisciplinar, a divisão de tarefas (por
equipes), o espírito de liderança, o gosto pela leitura/pesquisa. Penso que a
escola deve repensar a sua prática. Os temas abordados devem ser discutidos
democraticamente, isto é, com a presença e participação dos alunos e seus
responsáveis. Até porque, a educação é dever de todos. Família e Estado devem
ser parceiras.
Agradeço
a todos os alunos que, direta ou indiretamente se dedicaram ao máximo nessa
experiência pedagógica – o trabalho com projeto. O aluno gosta de ser ouvido,
consultado. Por isso ele deixou de ser mero figurante, passando a atuar como
protagonista de sua história, ninguém poderá apagar de sua memória as experiências
obtidas, desde aquelas referentes ao trabalho de pesquisa (de grandes
pensadores como Friedrich Nietzsche, Espinosa, Merleu-Ponty, Jonh Stuart Mill,
entre outros.), não tanto prazerosa, até aquelas mais envolventes como a música
e a dança. Os laços criados entre colegas de outras salas e professores
envolvidos. Tudo isso marca.
Se
a escola trabalha apenas a mente, o intelecto do aluno, o seu corpo se rebela,
pois está cheio de adrenalina, precisa canalizar sua energia acumulada, não
através da indisciplina, mas criando, produzindo arte, pensando algo que possa
fazer para um mundo mais habitável (com menos conflitos e violência – gerados pelo
preconceito e prática de bulliyng). Precisamos incutir no aluno: “Preservar o
planeta (consumindo menos) é responsabilidade de todos”!
Para
que tais desafios possam ser concretizados por nós educadores, precisamos ser
parceiros, mediadores e disponíveis ao diálogo. Recomendo a qualquer colega
professor que ler esse texto: leia o livro “Seja o professor que você gostaria
de ter” (Serrano Freire, Editora Wak). Aos meus alunos, recomendo: “Você é do
tamanho de seus sonhos” (César Souza, Editora Gente).