sábado, 30 de maio de 2020

Boa noite a todos! Aqui está o link de áudio-vídeo que fiz hoje à tarde, fazendo um balanço de tudo que já fiz até agora, as ferramentas que tenho utilizado para chegar até vocês. Peço paciência para acompanhar todo o vídeo, pois é um pouco longo, mas é fruto de um trabalho árduo, resultado de muitas tentativas (erros e acertos), mas que ilustra a vocês o que fiz, faço e pretendo continuar fazendo. Se depender de mim posso assegurar que o segundo bimestre vai ser melhor! E que, aqueles que não conseguiram fazer as atividades, mas está disposto (a) a fazer para não perder o ano letivo, terá ainda outras oportunidades. Então, por favor, clique no link (onde você será direcionado a acompanhar o que tenho a ti dizer (se quiser pode postar algum breve comentário, respeitoso, claro, pois tenho o maior respeito por todos vocês, até porque tenho filho e ele, assim como vocês está tendo bastante dificuldade pra acompanhar as aulas remotas. Se cuidem! Segue o link: https://www.youtube.com/watch?v=FUzHOMZAzcY

sexta-feira, 3 de abril de 2020

Culpados ou Inocentes?

       Prepare-se, a reflexão filosófica vai começar. A ideia de redigir esse texto surgiu num domingo, em março, último domingo do mês, manhã de outono. O silêncio não era total porque aqui é acolá ouvia-se aves cantando: galo, bem-ti-vi, ou ainda cachorros, confinados em suas casas, latindo. É o ciclo da vida: cada um fazendo a sua parte.                                                                                 Preparado para refletir caro leitor (a)? Segundo a autora do livro "Perdas Necessárias", Judith Viorst, algumas perdas na vida são inevitáveis e importantes durante nossa existência. Eis alguns exemplos: 1 - Perdemos o ventre materno, somos lançados ao mundo, choramos porque queremos isso, aquilo e muito mais; 2- Perdemos a infância pois passamos pela fase adulta, as brincadeiras tornam-se escassas, muitos amigos do tempo de criança vão ficando para trás; 3 - às vezes perdemos nossos avós, deixando um vazio em nossos corações. É o ciclo da vida: nossa finitude. 4 - ultimamente perdemos voluntariamente nossa liberdade de locomoção em vista de um bem maior: nossa vida e a do outro; 5 - alguns têm perdido o emprego; 6 - outros, a esperança, ou ainda, a fé.                            Vivemos num emaranhado de dúvidas, incertezas e perplexidade. A ciência que quase sempre nos oferecia respostas agora se cala diante desse vírus. Na Itália os médicos se depararam com um dilema moral: quem vai viver, isto é, terá acesso aos respiradores, os jovens, ou os idosos? - Sabemos que ambos têm o direito à vida, porém não existe aparelhos suficientes para todos. Quantas vezes tenho falado em sala de aula que precisamos exercitar nossa autonomia, ou seja, fazer a nossa parte, não esperar que nossos pais e/ou professores falem o que fazer.                                                               Todos nascem, segundo o filósofo Immanuel Kant, com o dever moral de fazer a coisa certa. O que é certo nesse momento? - "Ficar em casa"!                                                                                         Dedico essa breve reflexão filosófica aos meus queridos alunos e alunas das escolas onde leciono.
Prof. Claudio Gomes

domingo, 10 de março de 2019


PARA QUE SERVE ENSINAR FILOSOFIA?

     Em nossa sociedade e cultura, costumamos considerar que alguma coisa
só tem o direito de existir se tiver alguma finalidade prática muito visível e de utilidade imediata.
      Verdade, pensamento racional, procedimentos especiais para conhecer fatos, aplicação prática de conhecimentos teóricos, correção e acúmulo de saberes: esses objetivos e propósitos das ciências não são científicos, são filosóficos e dependem de questões filosóficas.
     Assim, o trabalho das ciências pressupõe como condição, o trabalho da Filosofia, mesmo que o cientista não seja filósofo. No entanto, como apenas o cientista e o filósofo sabem disso, a maioria das pessoas continua afirmando que a Filosofia não serve para nada.
     A Filosofia, por suas características, tem condições de contribuir de forma bastante efetiva no processo de aprimoramento do educando como pessoa e na sua formação cidadã.
     Inúmeras são as razões que justificam a importância desta disciplina no ensino médio, dentre elas, pela sua especificidade, a Filosofia:
§  Abre o espaço por excelência para tematizar e explicitar os conceitos que permeiam todas as outras disciplinas, e o faz de forma radical;
§  Discute os fins últimos da razão humana e os fins a que se orientam todas as formas de ação humanas, e sob esse aspecto, levanta a questão dos valores;
§  Examina os problemas sob a perspectiva de conjunto – enquanto as ciências particulares abordam “recortes” da realidade – o que permite à Filosofia elaborar uma visão globalizante, interdisciplinar e mesmo transdisciplinar (metadisciplinar).
     Ao refletir sobre os pressupostos das ciências, da técnica, das artes, da ação política, do comportamento moral, a Filosofia auxilia o aluno a lançar outro olhar sobre o mundo e a transformar a experiência vivida em uma experiência compreendida.
     Na reflexão sobre os fundamentos e fins do conhecimento, a Filosofia investiga os instrumentos do pensar, como a lógica e a metodologia; distingue e compara as diversas formas de apreensão do real, tais como mito, religião, senso comum, ciência, filosofia etc.; elabora a teoria do conhecimento, indagando sobre as possibilidades e os limites desse conhecimento.
     A Filosofia também desempenha o papel de crítica da cultura. Para o historiador da Filosofia François Châtelet:
     (...) a “contribuição específica da Filosofia que se coloca ao serviço da liberdade, de todas as liberdades, é a de minar, pelas análises que ela opera e pelas ações que desencadeia, as instituições repressivas e simplificadoras: quer se trate da ciência, do ensino, da pesquisa, da medicina, da família, da política, do fato carcerário, dos sistemas burocráticos, o que importa é fazer aparecer a máscara, deslocá-la, arrancá-la...”
     O objetivo da disciplina no Ensino Médio é ampliar a capacidade de reflexão do aluno, articulando temas (sem ignorar a História da Filosofia) e sistematizando noções que lhe forem apresentados, de forma coerente e articulada e a reflexão surge após a identificação do “problema” proposto (existente no texto filosófico), isto é, como ele foi expresso em conceitos e propor sua reelaboração (pelos alunos, ou qualquer pessoa que se interesse)
     “Não se ensina filosofia, ensina-se a filosofar” (Kant). Filosofar é, também, não aceitar como verdadeira qualquer idéia sem antes submetê-la à dúvida, à investigação, à reflexão crítica e rigorosa. Isso significa que para demonstrar com consistência a utilidade ou inutilidade de Filosofia, ou de qualquer outra coisa, já teríamos de filosofar. Portanto, durante toda a nossa vida iremos filosofar, pois filosofar é viver.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Sejam todos bem vindos caros alunos das escolas onde atuo!

Que 2019 seja um ano de muitas realizações para todos nós!

Como educador tenho inúmeros desafios (contribuir na formação de cidadãos críticos e participativos). Precisamos percorrer um longo caminho, de disciplina, responsabilidade e coragem para lutar e não desanimar diante dos perigos que nos rodeiam.
A palavra chave para se alcançar os objetivos acima é "comprometimento". Todos desejam um Brasil melhor, mais justo, menos corrupto. Tudo isso é importante, porém se não fizermos nossa parte a sociedade não vai melhorar. Ao longo do ano letivo pretendo dar algumas pistas a todos aqueles (as) que se conscientizarem sobre a necessidade da união dos esforços coletivos, contribuindo significativamente para uma sociedade melhor.
Parece ser uma utopia (sonho), mas quem não sonha não cresce, não prospera. Qual é o tamanho do seu sonho?
Não vou falar agora o que é a Filosofia, nem para o que ela serve. Mas posso dizer como começamos a filosofar. É simples. "Até" uma criança filosofa - "mãe o que é isso?". As três atitudes que nos levam a filosofar são a admiração, a dúvida e a insatisfação moral.
Admirar é ficar encantado (a), surpreender-se com a beleza do mundo, os animais, as plantas, as pessoas, os sons, as cores.
Quanto à dúvida ela é o combustível da filosofia. Duvidamos porque não temos certeza de nada nessa vida, apenas que um dia vamos morrer. Cada dúvida esclarecida é substituída por outra. O papel da filosofia não é responder as perguntas que povoam nossas cabeças. Esse é o papel da ciência, que também tem suas falhas. Nenhum conhecimento é definitivo. É bom que seja assim, senão a preguiça e o comodismo nos dominam eternamente.
A terceira atitude que nos despertam para o filosofar é a insatisfação moral. Ficamos insatisfeitos, revoltados, indignados com muitas coisas que acontecem à nossa volta, é na família, na escola (com os colegas falsos, às vezes), no trabalho (onde muitos querem "puxar nosso tapete"), na sociedade, sobretudo com os maus políticos, que fazem leis injustas e usam mau o dinheiro do povo (que pagam impostos altíssimos e têm um péssimo serviço público (saúde, transporte, segurança, educação).
Estou otimista com relação a este ano. Vai ser ainda difícil, como foi o ano passado. Mas, se formos fortes e sábios poderemos atravessar o rio da crise, seja ela financeira, moral, política, emocional, ou ainda, existencial. 
Quem foi que disse que não temos nada a oferecer?
A todo instante uma nova ideia é criada e lançada ao mundo. Seja autor da sua própria vida! 
Os sonhos movem o mundo. Uns ganham vida, outros naufragam. Qual é o seu?
Convido todos vocês, caros alunos (as) a viajarem comigo através do pensamento!
Tomara que tenhamos um bom ano letivo, com muita aprendizagem, entre professores e alunos, ambos crescendo continuamente com acertos e erros, evoluindo como seres humanos que somos!

Claudio Gomes (profº das escolas estaduais "Moacyr Campos" e "Lourenço Zanelatti") 

sábado, 4 de julho de 2015

Uma existência sem sonhos/metas, torna-se vazia de sentido. (Claudio Gomes)

Por uma escola mais dinâmica e acolhedora!

            Desenvolvi recentemente (23/jun.) o projeto “Filosofia, música e dança” com os alunos do 3º ano do ensino médio (turmas A, B, C). Além dos objetivos traçados – Protagonismo juvenil, exercício da autonomia, respeito às diferenças e o trabalho em equipe, foi constatado um número bem expressivo de jovens talentos, camuflados na escola (Moacyr Campos). Habilidade para tocar instrumentos, cantar, dançar, liderar, criar.
            Quantos vezes mantemos nosso foco mais no controle da disciplina dos corpos e ignoramos seu potencial para criar e expressar-se criticamente. Vislumbro uma realidade ainda muito utópica, mas acredito que o trabalho com projeto nos abre novos horizontes.
            Outros desafios estão lançados: o trabalho interdisciplinar, a divisão de tarefas (por equipes), o espírito de liderança, o gosto pela leitura/pesquisa. Penso que a escola deve repensar a sua prática. Os temas abordados devem ser discutidos democraticamente, isto é, com a presença e participação dos alunos e seus responsáveis. Até porque, a educação é dever de todos. Família e Estado devem ser parceiras.  
            Agradeço a todos os alunos que, direta ou indiretamente se dedicaram ao máximo nessa experiência pedagógica – o trabalho com projeto. O aluno gosta de ser ouvido, consultado. Por isso ele deixou de ser mero figurante, passando a atuar como protagonista de sua história, ninguém poderá apagar de sua memória as experiências obtidas, desde aquelas referentes ao trabalho de pesquisa (de grandes pensadores como Friedrich Nietzsche, Espinosa, Merleu-Ponty, Jonh Stuart Mill, entre outros.), não tanto prazerosa, até aquelas mais envolventes como a música e a dança. Os laços criados entre colegas de outras salas e professores envolvidos. Tudo isso marca.
            Se a escola trabalha apenas a mente, o intelecto do aluno, o seu corpo se rebela, pois está cheio de adrenalina, precisa canalizar sua energia acumulada, não através da indisciplina, mas criando, produzindo arte, pensando algo que possa fazer para um mundo mais habitável (com menos conflitos e violência – gerados pelo preconceito e prática de bulliyng). Precisamos incutir no aluno: “Preservar o planeta (consumindo menos) é responsabilidade de todos”!

            Para que tais desafios possam ser concretizados por nós educadores, precisamos ser parceiros, mediadores e disponíveis ao diálogo. Recomendo a qualquer colega professor que ler esse texto: leia o livro “Seja o professor que você gostaria de ter” (Serrano Freire, Editora Wak). Aos meus alunos, recomendo: “Você é do tamanho de seus sonhos” (César Souza, Editora Gente).

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Algumas definições de Filosofia (1º anos e...)

O que é filosofia?*

Do grego philosophia (philos = amante/amigo, sophia=saber) derivou-se a palavra filosofia. Mas foi
“Aristóteles, o primeiro a pesquisar rigorosamente e sistematicamente a natureza desta disciplina, diz
que a filosofia estuda as causas ultimas de todas as coisas’. (MONDIN, 1981).

Aristóteles:”É evidente que a sabedoria [sofia] é uma ciência sobre os princípios e causas.”; “…foi pela
admiração que os homens começaram a filosofar…”

A. Gramsci: “não se pode pensar em nenhum homem que não seja também filósofo, que não pense precisamente, porque pensar é próprio do homem com tal.”

Para Gerd Bornheim, pensador brasileiro a Filosofia é:“O resultado da atividade da razão humana que se defronta com a totalidade do real”.

Marilena Chauí, Pensadora brasileira define os traços da atividade filosófica como:“Tendência à racionalidade… Recusa das explicações estabelecida… tendência à argumentação e ao debate para oferecer respostas conclusivas para questões… Capacidade de generalização.”(p.27)E destaca que a
filosofia é: “Fundamentação teórica e crítica dos conhecimentos e das práticas.” (p.23).

Maria Lúcia de Arruda Aranha e Maria Helena Pires Martins (Professoras brasileiras) em
Filosofando: Introdução à filosofia afirmam que:“…A filosofia é sobretudo uma atitude, um pensar permanente. É um conhecimento instituinte, no sentido de que questiona o saber instituído.” (p.72)Maria Lúcia Arranha e Maria Helena Pires  indicam em Temas de Filosofia que:“Ela é, antes de mais nada um modo de se colocar diante da realidade, procurando refletir sobre os acontecimentos a partir de certas posições teóricas. Essa reflexão permite ir além da pura aparência dos fenômenos, em busca de suas raízes e de sua contextualização em um horizonte amplo”. (Temas de Filosofia, Aranha, p.77).

Antônio Xavier Teles afirma que:“…A atividade filosófica mais importante consiste no esforço sincero e
na procura inteligente de soluções para os problemas que afligem a época em que vivemos… O interesse primordial da filosofia é com os problemas não resolvidos.” (p.7).

Arcângelo R. Buzzi indica que (Pensador brasileiro):“Subjetivamente a filosofia consiste no esforço de
avivar a luz natural permanente ao nosso ser. Recordar a sabedoria da vida não é acumular informações
eruditas nem muito saber. É voltar-se para a luz que já somos. É a arte de pensar por nós mesmos. É um pensar autocorretivo, que investiga a si mesmo com o propósito de pensar melhor.”(p.8)

A filosofia para Agostinho José Soares (pensador brasileiro):“…na antiga Grécia. preocupava-se com
os princípios primeiros de nossa existência e da realidade total (In: V.V.A.A, Introdução ao Pensamento
Filosófico, p.13).…A cada conclusão no exercício filosófico , corresponde a uma nova dúvida, e a cada
dúvida um problema. Portanto, refletir filosoficamente é refletir extensa e intensamente” (p.15)“…Quando
pensamos refletidamente (pensar é agir interiormente, operacionalizar internamente) estamos fazendo
filosofia” (p15).… “Então quando é que fazemos reflexão filosófica? Será quando nossa reflexão for
radical (buscar a origem do problema), crítica (colocar o objeto do conhecimento em um ponto de crise)
e total (inserir o objeto da nossa reflexão no contexto do qual é conteúdo)” (p.22).


Gianfranco Morra (pensador Italiano) destaca que a filosofia considera “os objetos da experiência, mas não se limita à experiência ou a soma das experiências. A filosofia é muito mais um modo diverso e inconfundível de entrar em contato com a experiência, é uma tentativa de ultrapassar a experiência imediata para colher algo de maior e mais profundo” (Morra, p.12).Morra indicando que “a experiência não pode ir além: ela é incapaz de superar o plano descritivo da imagem. É somente o intelecto – órgão do conhecimento filosófico – que pode obter, com uma abstração mental o conceito de ‘cera’, que permanece sempre idêntico apesar das transformações do pedaço de cera”. (Morra, p.13)                                                                                 Neste sentido considera-se que a filosofia é um “saber sintético”. “Por definição a filosofia é um conhecimento do absoluto, ainda que se tenha consciência de que o absoluto é inexaurível e todo nosso conhecimento
dele, incompleto.” (Morra, p.13) Morra considera ainda que a filosofia é essencialmente um “saber crítico”, que “não possui um objeto específico” (Idem).“A filosofia é crítica enquanto refuta a evidência imediata. É uma mediação crítica. (Idem,15).

Para Roberto Rossi: (pensador Italiano)“ sem o poder de despertar surpresas em nós, a filosofia jamais teria nascido, nem o pensar e, conseqüentemente, nem a descoberta, a vontade de pesquisar, as tentativas de solução, o próprio
mundo da cultura e da história humana” (Rossi, p.10).“Filosofar não é simplesmente dar uma opinião, mas fundamentar, objetiva e universalmente, as próprias teses, argumentando a partir delas, para sistematizá-las em coerência com as leis do pensamento e as averiguações esperimentais”(p.13)“…A Filosofia fundamenta tanto o próprio conhecer como as próprias decisões práticas. Ela, na verdade, expressa no seu raciocinar, na sua reflexão, as suas argumentações.


Miguel Reale (pensador e jurista brasileiro) destaca que a filosofia:“…Procura sempre resposta a perguntas sucessivas …numa busca incessante de totalidade de sentido, na qual se situem o homem e o cosmos.” (Introdução à Filosofia, Reale, p.4).“A filosofia é…um conhecimento que converte em
problema os pressupostos da ciência” (p.7).“Eis aí uma noção geral do que entendemos por filosofia, como estudo das condições últimas, dos primeiros princípios que governam a realidade natural e o mundo moral, ou compreensão crítico-sistemática do universo e da vida”. (p.8).

Gilles Deleuze e Félix Guattari (pensadores franceses) apresentam em “O que é Filosofia?” uma
definição espantosa:“A filosofia, mais rigorosamente, é a disciplina que consiste em criar conceitos.” (O
que é Filosofia, Deleuze, p.13). Não acreditando que a filosofia seja contemplação, reflexão ou
comunicação, os autores destacam que a filosofia seja “conhecimentos por puros conceitos” (15). (DO SITE GEOCITIES)

Para Nietzsche, filósofo contemporâneo, “a filosofia, como a compreendi e a vivi até agora, é vida voluntária no meio do gelo e nas altas montanhas – é a busca de tudo o que é estranho e duvidoso na existência, de tudo o que foi até agora proscrito pela moral”.

Segundo Cícero, Sócrates fez com que a filosofia descesse do céu à terra e se interessasse pela vida e pelos costumes, pelos bens e pelos males. Entendia que as perguntas são mais importantes do que as respostas, entende-se então que filosofia é um constante debate, confronto de idéias (dialética).

Emmanuel Kant (filósofo alemão da época moderna) não podemos ensinar filosofia, mas a filosofar.

Finalizo com uma citação do Livro O Mundo de Sofia: “A capacidade de nos surpreendermos é a única coisa de que precisamos para nos tornarmos bons filósofos (…) E agora tens que te decidir, Sofia: és uma criança que ainda não se habituou ao mundo? Ou és uma filósofa que pode jurar que isso nunca lhe
acontecerá?… Não quero que tu pertenças à categoria dos apáticos e dos indiferentes. Quero que vivas a tua vida de forma consciente.”